sábado, 12 de agosto de 2017

A ARTE E A MORTE

Nicéas Romeo Zanchett 
                 Em toda a história da humanidade a arte sempre foi utilizada para registrar a morte. 
                 Nas imagens do inferno a arte é utilizada para mostrar o terror, capaz de aprisionar o coração e a mente do povo. 
                 A dois mil e quinhentos anos o povo Etrusco - Itália - utilizava a arte pata transmitir mensagens reconfortantes de uma vida eterna. A morte era a prazerosa esperança de uma nova vida. Os túmulos encontrados nas escavações mostram imagens reconfortantes de uma vida eterna. Mostram também, contraditoriamente, imagens de demônios com personagens estranhas apoderando-se dos corpos, provavelmente de malfeitores. 
                No Egito, os túmulos dos Faraós são um exemplo muito conhecido do uso da arte na vida e na morte. 
                O que é importante observar é que a arte sempre foi utilizada para dominar a mente. Os nazistas usavam um crânio e dois ossos cruzados; os Astecas construíam pirâmides mostrando  as várias camadas sociais com esculturas de crânios  que registram a história de sacrifícios humanos. 
                Jesus Cristo pregado na cruz é o símbolo mais poderoso e mais intenso que mostra o horror da morte e, ao mesmo tempo, a esperança na salvação e vida eterna. Duas formas opostas: dor, sofrimento e a confortante subida aos céus. As obras de El Greco e Botticelli estão repletas de imagens que mostram estas contradições de maneira genial. 
                A Igreja Cristã sempre soube utilizar bem a arte para dominar a mente humana.  Outras igrejas, que a imitam ou a seguem, também utilizam  a arte para pregar suas crenças. O nome de Jesus Cristo se tornou um poderoso instrumento de marketing e por essa rasão é utilizado por muitas igrejas e seitas comerciais e espirituais. 

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