quarta-feira, 9 de agosto de 2017

A ARTE ERÓTICA

Nicéas Romeo Zanchett 
                  Em todos os tempos, a arte sempre procurou mostrar os mistérios, tabus, gostos, preferências, hábitos e conflitos de cada época da humanidade. 
                  A velha Índia é o berço das mais exóticas criações do mundo erótico: são templos forrados de esculturas eróticas; objetos de arte em sexo explícito; e também o Kama-Sutra e o Ratiroshaya são obras nascidas da sabedoria que codificou o Maythuna "ioga do sexo". 
                 As sublimes obras de Miguel Ângelo, Rubens e Leonardo Da Vinci, cultuadas e admiradas ao longo dos séculos; o nobre burgues Toulouse Lautrec que pintava suas prostitutas preferidas; as gravuras eróticas de Picasso, conhecidas do público a partir dos anos 70, são verdadeiras explosões de sexo; Rubens, Courbet, Parcim, Degas, Lautrec, Marquet, Jeam Coucteau, Barre e tantos outros que retrataram sem preconceitos o amor entre iguais; a arte milenar do Oriente, com destacados artistas como Trí Kiyonobu, Eizan, Mosanobu Kitao, além de outros talentosos do velho mundo. 
                 O Museu Nacional de Arqueologia de Nápoles possui uma das mais finas coleções de arte erótica de todo o mundo. São vasos, objetos eróticos e afrescos resgatados de Pompéia, retratando cenas de sexo explícito, sadomasoquismo, sodomia, lesbianismo, sexo bestial, etc. 
                 Pela arte tão antiga podemos constatar que os preconceitos de nossos dias seriam motivos de muita estranheza naqueles tempos. O que hoje causa tanta polêmica é tão antigo quanto a própria humanidade. Corpos que se unem, se abraçam, se penetram sem pudor e sem culpa, na busca do prazer e do êxtase sexual pleno e profundo. 
                 A arte erótica concebida com prazer é como uma cópula sublime materializada pela inspiração criadora do artista. Com ela o artista procura eternizar gestos, posições amorosas, formas de amar, sensações e libídos, despertando prazerosamente o real inconsciente, muitas vezes inconfessado, de cada um que a vê. 
                A representação do ato amoroso sexual na forma de escultura; a constante busca do mistério dos corpos reproduzidos em forma de arte, são como um orgasmo visual e tátil. São corpos impregnados de erotismo, sem preconceitos e nas mais diversas formas de amar. 
                Talvez por preconceitos ou por custo elevado, o acesso ao deleite visual da arte erótica sempre ficou restrito a poucos afortunados que podiam apreciá-las e toca-las. Hoje, com a internet, a arte também está sendo democratizada e divulgada em todo o mundo. 
               

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